Homem faz mãe refém, mata a irmã e depois se mata, em bairro de João Pessoa

Um crime chocou os moradores do Bairro São José, em João Pessoa, na noite desta quinta-feira (25). Um homem de 51 anos manteve, durante horas, a própria mãe refém dentro de casa, matou a irmã e, em seguida, tirou a própria vida. Um vizinho que tentou intervir ainda foi baleado.

Momentos de terror

De acordo com relatos de vizinhos, o homem se trancou em casa por volta das 20h, armado com um revólver, usando colete e até uma balaclava para esconder o rosto. Dentro da residência estavam a mãe, idosa e acamada, e a irmã. Vários disparos foram ouvidos, o que gerou pânico entre os moradores, que chegaram a tentar intervir. Um vizinho, inclusive, foi baleado ao tentar entrar na casa.

A Polícia Militar cercou a área e acionou o GATE, mas ao invadir o imóvel encontrou a mãe ainda viva, a irmã morta e o suspeito já sem vida. A ação mobilizou várias equipes e manteve o bairro isolado durante toda a noite.

Histórico de conflitos familiares

Segundo familiares, o homem sofria de depressão, fazia uso de medicamentos controlados e vivia de forma reclusa. Ele tinha um histórico de desavenças constantes com a família e já havia ameaçado parentes em outras ocasiões.

Em entrevista à TV Correio, a sobrinha Rosângela Basílio contou que o tio cultivava sentimentos de ódio e falava sobre vingança. “Ele sempre dizia que um dia a gente ia pagar pelo que fizeram com ele. Vivia assistindo filmes de terror, se isolava e discutia com todo mundo. Hoje, quando cheguei, encontrei ele todo de preto, armado. Foi um choque”, relatou.

A sobrinha acrescentou ainda que a avó, mãe do suspeito, sofre de câncer e precisa de cuidados constantes, o que também era motivo de atrito dentro da casa. “Ele reclamava das noites em que ela chorava, dizia que deixassem ela morrer. Vivia esculhambando todo mundo, principalmente a minha prima, por quem tinha muito ódio”, completou.

Investigação em andamento

A Polícia Civil da Paraíba abriu inquérito para apurar o caso e deve ouvir testemunhas e familiares. O corpo da irmã foi levado ao Instituto de Polícia Científica (IPC), enquanto a mãe está internada em observação.