Especialista do Grupo Morada da Paz destaca a importância de viver o luto com respeito às emoções e à singularidade de cada história
No próximo 19 de junho,o Brasil celebra o Dia Nacional do Luto, uma data que convida a sociedade a refletir sobre a experiência da perda e os impactos emocionais que ela provoca. Embora a morte faça parte do ciclo da vida, o tema ainda é cercado por silêncios, tabus e resistências. Para os profissionais que atuam com famílias enlutadas, o desafio é criar espaços de escuta e acolhimento que respeitem o tempo e a dor de cada pessoa.
Segundo a psicóloga Simône Lira, especialista em luto do Grupo Morada — holding que reúne as marcas Morada da Paz, Morada da Paz Essencial e Morada da Paz Pet —, um dos aspectos mais importantes do cuidado nesse processo é validar o sofrimento. “O luto não é uma doença e não deve ser apressado. Cada pessoa vive a ausência de maneira única, e reconhecer essa singularidade é essencial para uma elaboração saudável”, afirma.
A especialista explica que sentimentos como tristeza, raiva, culpa ou até alívio podem surgir em diferentes momentos da jornada do luto. “Muitas vezes, as pessoas se cobram por não estarem ‘fortes’ ou por ainda se emocionarem após meses. Mas não existe um tempo exato para a dor. O importante é permitir que ela se manifeste, sem julgamento”, completa.
O Grupo Morada, que atua com serviços funerários, cemitérios e crematórios na Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco, mantém iniciativas permanentes de apoio emocional, como o acompanhamento psicológico especializado e os grupos de escuta do projeto Chá da Saudade. “Esses espaços fortalecem o diálogo e acolhem quem está vivendo a dor da perda. Ao compartilhar experiências, as pessoas percebem que suas emoções não estão sozinhas — e isso é transformador”, explica Simône.
O Dia Nacional do Luto também é um convite a romper com o silêncio social que ainda envolve a morte. “Falar sobre o fim da vida não é algo negativo — ao contrário, é um passo importante para dar mais sentido à existência e aos vínculos que construímos. O luto faz parte da história de todos nós”, conclui a psicóloga.