Com ação judicial e reforma da Previdência Paraíba pode perder mais 1.500 policiais e bombeiros militares

Promulgada em dezembro de 2019, a reforma da previdência promoveu profundas alterações na vida dos brasileiros que esperam a tão desejada aposentadoria. As modificações logo de início, passaram a impactar na vida dos profissionais do setor privado e também daqueles que mantém vínculo de trabalho com o setor público, atingindo também os militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, incluindo-se também, os integrantes das
Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares.

Com a reforma, houve em todo Brasil um temor que uma verdadeira debandada dos quadros de militares da ativa pudesse ocorrer, face a ampliação do tempo de serviço para os militares de 30 para 35 anos, fatos registrados em vários Estados da Federação, a exemplo de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

No Estado da Paraíba, um militar que não quis se identificar, disse que os números podem passar de mais de 1500 profissionais, entre bombeiros e policiais militares. De acordo com a fonte, com o impasse quanto a “Bolsa Desempenho”, muitos militares já optaram por permanecer trabalhando até completarem os 35 anos de serviço, porém, temem que uma ação que tramita na justiça obrigue o Estado da Paraíba a “aposenta-los” mais cedo.


“Lamentamos muito essa ação proposta pelo presidente de uma entidade possa nos prejudicar. Ao invés de lutar pelos nossos direitos fazem o contrário e tentam prejudicar mais de 1500 pais de família que desejam continuar trabalhando na Polícia ou no Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba”, disse em caráter reservado um militar do Corpo de
Bombeiros da Paraíba.

A Polícia Militar já se pronunciou através de parecer de seu Procurador, indicando que os militares podem optar por permanecer até os trinta e cinco anos de serviço, sem prejudicar as promoções de outros de patentes inferiores, o que já foi registrado através de ato do Comandante Geral. Apuramos ainda que o Governador João Azevedo prorrogou os efeitos
da vigência da Reforma da Previdência, sabiamente preservando os direitos adquiridos dos militares do Estado.