Espera por leitos: ‘Não existem médicos suficientes para ampliação infinita’, diz secretário Geraldo Medeiros

O secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, confirmou em entrevista nesta sexta-feira (12), ao programa Cidade em Ação da TV Arapuan, que existem 49 pacientes a espera de leitos de UTI e enfermaria na Paraíba. Ele alegou que esse pacientes estão alojados nas UPAs e que isto não significa um colapso, mas um alerta.

De acordo com Medeiros existem pessoas esperando leitos e estão alojadas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e emergências de hospitais. “são 33 pacientes esperam leitos de UTI e 16 a espera de leitos de enfermaria. Eles estão alojados, com todos os equipamentos, aguardando que o leito seja preparado e alguns deles estão estáveis, sem indicação de transferência. Ainda não é um colapso, mas é um alerta”, disse.

O secretário afirmou que a ampliação de leitos é finita e que não vai ser a ampliação que vai resolver o problema da pandemia. “Temos limitação de recursos humanos, não existem médicos suficientes para ampliação infinita e os leitos estão sendo ampliados em todas as três macrorregiões do estado, mas sem isolamento social não teremos condição de absorver todo esse arsenal de paraibanos contaminados que necessitam de leitos de UTI e enfermaria”, disse.

“Recomendo a todos que fiquem em casa sempre que possível, é o local mais seguro neste momento. Só sair em atitudes extremas e também, quando houver necessidade, por pouco tempo. Devem evitar ficar muito tempo em via pública para diminuir o risco de contaminação”, completou.

Nesta sexta-feira (12) o Diário Oficial publicou o resultado final de mais um Processo Seletivo para a contratação temporária de médicos e divulgou outra chamada de processo seletivo anterior.

Internação de crianças

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou nessa quinta-feira (11) que ao menos 47 crianças com Covid-19 estão internadas em hospitais da Paraíba, sendo que 10 ocupam leitos de UTI e outras 37 estão em enfermarias.

O secretário ratificou que as crianças são quem menos sofrem com a pandemia e que esse número de contaminações aumentou porque o número geral de infecções também aumentou.

“As pediatras têm identificado que quando surgem crianças com síndrome gripal nas emergências, os país também estão contaminados. E a conclusão do próprio inquérito sorológico mostrou que as crianças ficaram em casa e os pais saíram para baladas, bares, restaurantes, festinhas com familiares e amigos, se contaminaram e contaminaram os filhos”, alegou.

Apesar do aumento dos casos, o secretário tranquilizou os pais. “Não fiquem apavorados porque as crianças são as que menos apresentam possibilidade de complicações”, disse.