Um homem suspeito de assaltar um passageiro dentro do terminal Paulo da Portela, em Madureira, Zona Norte do Rio, morreu após ser agredido com pauladas.
O crime aconteceu por volta das 3h desta quinta-feira (16), horário de pouco movimento. Um homem, que diz ser funcionário na estação de BRT e preferiu não se identificar, disse que uma passageira estava sendo assaltada, e que por isso um segurança do comércio informal foi chamado.
Ele e o outros dois homens que disseram trabalhar como seguranças na estação prestaram depoimento na delegacia. Segundo a polícia, eles contaram que imobilizaram o suspeito e chamaram o homem conhecido como justiceiro.
“Na hora eu não vi mais nada, talvez foi um justiceiro, diz que é um justiceiro. Veio numa perna de três, aí foi atrás dele. [Justiceiro] É o apelido que a gente deu, está dando aqui agora. Não é o segurança, é um pessoal de fora que geralmente faz isso, vê um pessoal assaltando e vai atrás das pessoas. Deu uma cacetada nele”, disse o funcionário.
Segundo a polícia, ele foi atingido duas vezes: uma na cabeça e uma no tórax. O pedaço de madeira, que tinha alguns pregos, usado na agressão foi levado para a perícia. Junto com a vítima a polícia encontrou uma arma de brinquedo.
“Não está descartada a hipótese da participação deles, porque foram eles que abordaram a vítima e levaram eles pra fora da estação, quando um terceiro que estava sem camisa, a princípio ele trabalha ali no comércio, um camelo ali da estação de Madureira, não etá identificado ainda, chegou com a madeira e agrediu até a morte. Mas não está descartada a participação desses dois seguranças que estão sendo ouvidos aqui na delegacia”, disse o delegado da Delegacia de Homicídios.
A Delegacia de Homicídios quer agora entender quem são esses homens que imobilizaram o suspeito e saber se eles são mesmo seguranças do BRT.
“Principalmente, o que nos causou estranheza foi o fato de a gente teve conhecimento no local que dois seguranças, que não são contratados e não usam a roupa do BRT, mas estão ali fazendo a segurança da estação. Isso não ficou muito claro pra gente agora no início da investigação, no decorrer a gente vai tentar entender qual a função desses dois indivíduos que tão sendo ouvidos aqui na delegacia”, explicou o delegado.
Em nota, o BRT esclareceu que não tem vigilantes ou agentes de segurança em nenhum terminal ou estação. “Todos os funcionários do BRT trabalham uniformizados. Estamos colaborando com todas as informações disponíveis e as imagens que temos do terminal já foram encaminhadas à Delegacia de Homicídios”.
G1