PF prende vereador de Campina Grande e mais 7 em nova fase da Operação Famintos

A Polícia Federal na Paraíba deflagrou, na manhã desta quinta-feira, 22, em conjunto com a Controladoria-Geral da União – CGU/PB e com o Ministério Público Federal – MPF/PB, a segunda fase da Operação FAMINTOS, com o objetivo combater fraudes em licitações, superfaturamento de contratos administrativos, corrupção e organização criminosa. O vereador Renan Maracajá (PSDC) foi preso por suspeita de envolvimento com as empresas beneficiadas pelo esquema. Maracajá foi o vereador mais votado nas últimas eleições, obtendo 4.977 votos.

A operação que investiga fraudes na merenda escolar contou com a participação de 60 (sessenta) policiais federais, sendo realizado o cumprimento de 14 (catorze) mandados de busca e apreensão em residências, escritórios e empresas dos investigados, bem como de 08 (oito) mandados de prisão, sendo 05 (cinco) mandados de prisão temporária e 03(três) mandados de prisão preventiva.

Todos os mandados foram cumpridos na cidade de Campina Grande. As ordens foram expedidas pela Justiça Federal de Campina Grande.

A primeira fase da Operação Famintos foi deflagrada no dia 24 de julho, tendo contado com a participação de 260 (duzentos e sessenta) policiais federais e 16 (dezesseis) auditores da CGU.

Na ocasião, foram cumpridos 67 (sessenta e sete) mandados de busca e apreensão em órgãos públicos e nas residências, escritórios e empresas dos investigados, bem como de 17 (dezessete) mandados de prisão.

Nesta segunda etapa, a Operação  visa ampliar a desarticulação do núcleo empresarial da organização criminosa, responsável pela criação de “empresas de fachada”, utilizando-se de pessoas que tinham consciência de suas situações na condição de “laranjas”.

As empresas, então constituídas em nome de pessoas que não eram as reais proprietárias e administradoras, eram utilizadas pelos criminosos para fraudar as licitações, conferindo um falso caráter competitivo aos processos licitatórios.

Os investigados responderão, de acordo com suas condutas, pelos crimes de fraudes em licitação, superfaturamento de contratos, corrupção e organização criminosa, cuja pena, somada, poderá ultrapassar 20 (vinte) anos de reclusão.

O nome da operação é uma alusão à voracidade demonstrada pelos investigados em direcionar as contratações para o grupo criminoso. Será concedida entrevista coletiva às 10hs, na Delegacia da Polícia Federal em Campina Grande, com participação dos três Órgãos envolvidos nos trabalhos (PF, MPF e CGU).