João Pessoa implantará a política de conscientização e orientação sobre o lúpus

O município de João Pessoa passará a contar com uma política de conscientização e orientação sobre o lúpus, doença crônica de causa desconhecida, que provoca grandes alterações no sistema imunológico da pessoa. O objetivo é mobilizar a sociedade pessoense para debater, informar, pesquisar e facilitar o acesso dos portadores da doença aos serviços oferecidos pela rede pública de saúde. É o que está previsto no projeto de lei de autoria da vereadora Fabíola Rezende (PSB) que está tramitando na Câmara Municipal de João Pessoa.

A vereadora explicou que “a política municipal de conscientização e orientação sobre o lúpus, em especial ao LES – Lúpus Eritematoso Sistêmico, no município de João Pessoa, visa a realização de forma direta ou articulada entre os órgãos municipais que contribuam para levantar informações e divulgar os tipos da doença, seus sintomas, causas, fatores de risco, formas de diagnóstico, tratamento, informações e orientação aos familiares”.

O portador do LES apresenta manchas, lesões e úlceras provocadas pela sensibilidade ao sol e à luz. Os pacientes com fotossensibilidade devem evitar a exposição ao sol e fazer uso diário e intermitente de filtros solares. Uma pessoa que tem a doença desenvolve anticorpos que reagem contra as células normais do próprio organismo, podendo afetar a pele, as articulações, rins e outros órgãos. Muitas vezes as dores impedem que trabalhe com eficiência, havendo necessidade de aposentadoria.

O paciente de LES, às vezes, não apresenta lesões na pele, porém, o cansaço e dores são intensos e afetam negativamente a vida do paciente. A doença não é contagiosa, infecciosa ou maligna, mas não há medicamento para a sua cura.

Fabíola Rezende citou que o projeto pretende criar mecanismos para facilitar, cada vez mais, o acesso dos pacientes portadores de lúpus aos serviços públicos de saúde. Entre outras iniciativas, a proposta pretende que a Secretaria de Saúde de João Pessoa crie um cadastro de pessoas portadoras da doença, possibilitando a detecção de índices de incidência da doença e que contribua com dados para o aprimoramento de pesquisas científicas sobre o tema.

Fabíola Rezende salientou, ainda, que o planejamento das ações deve ocorrer através de elaboração de parcerias e convênios com outros órgãos públicos (União, Estado e Município), entidade da sociedade civil organizada como associações públicas e privadas, organizações não-governamentais (ONGs), entre outras.

O mês de maio é dedicado à conscientização sobre a doença, cujo dia 10 é o Dia Mundial do Lúpus, sendo o roxo, a cor símbolo da campanha para alertar e informar sobre o que é mal que afeta a saúde de muitas pessoas.